O que reverbera

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Bom, meus queridos…

Esse post pode ser o nosso último. Tudo dependerá da nossa disposição, vontade e criatividade de escrever por aqui, certo?! Bom, vamos ao que interessa e o que nos faz escrever aqui e agora. O projeto Móbile na Metrópole deste ano foi, de longe, um dos maiores desafios para o segundo ano do Ensino Médio de 2015 da nossa escola. Foi extremamente revelador e interessante – em vários aspectos -, como nós já expusemos nos posts mais recentes, mas também extremamente trabalhoso e corrido. A gente acha que todo e qualquer projeto pode melhorar com contribuições, mesmo que sejam singelas, como a nossa. E, se tivéssemos que dar uma nota de 0 a 10, bom… nem conseguiríamos fazer isso, porque o MNM é algo que foi além do acadêmico e afetou a sensibilidade social e pessoal de cada aluno de formas muito diferentes, e esperamos que os próximos segundo anistas se sintam da mesma forma (ou melhor). 😀

Sem mais delongas, aqui vai a parte burocrática do nosso post – ou, melhor posto, as sugestões. Todo mundo vai falar disso, nós sabemos… mas queremos reforçar o quão problemática foi a questão do tempo. Tempo curto pra fazer o vídeo-argumento, os posts e, ao mesmo tempo, todas as lições de casa e as provas que tinhas que ser estudadas. Vamos combinar, a Móbile é uma escola relativamente exigente e difícil no quesito acadêmico. O que pode ser feito é agilizar e antecipar algumas coisas que nós achamos que ficaram muito pro final: delimitar os temas melhor antes da viagem, conseguir um espaço de tempo maior para a elaboração dos vídeos, entrevistas e posts e dar material de estudos para a criação do documentário bem mais cedo. Nós tivemos muitos problemas com isso e, aparentemente, dezenas de outros grupos também tiveram. O processo de brainstorming, criação de roteiro e elaboração de um vídeo demandam muito mais tempo do que nos foi dado. O melhor seria que o projeto começasse a todo vapor logo nas primeiras semanas de aula.

Isso não apenas atrapalhou os alunos, mas todos perceberam que os professores também saem prejudicados nessa jogada. É claro, esse ano foi mais uma experimentação e, por muita dedicação de ambas as partes, foi um sucesso. Mas um sucesso bem dolorido, se pudermos colocar desta maneira. É um abalo não só acadêmico, mas também físico e emocional. No entanto, uma coisa que pudemos notar é que houve um engajamento muito grande do segundo ano como um todo pra acatar essa ideia e levá-la para frente. Isso foi muito bonito, e só mostra o quanto se pode apostar na Móbile como um lugar para semear novas ideias e aventuras um tanto quanto arriscadas (mas boas).

Como poderíamos terminar este post? Acho que o que fica mais claro é que há muito o que ser arrumado entre a escola, as aulas, os alunos e os professores. Mas não desistam nunca. Apenas construam um projeto que melhore cada vez mais, e os resultados podem ser até melhores do que o deste ano. E esperamos que vocês todos tenham um bom ano, e que venha mais São Paulo para o nosso cotidiano escolar, pessoal, e amoroso – afinal, o que o MNM foi a não ser um grande namoro entre os alunos e a cidade?

Esperamos nos ver novamente.

O grupo

Repensando o projeto – o que teríamos mudado?

E aí pessoal, como vai? Viemos aqui para falar um pouco sobre o processo de produção do documentário e o que teríamos feito de diferente. Realçando, é claro, que os aspectos positivos desse trajeto sobressaem-se em relação aos negativos, como os aprendizados que obtivemos e a diferente relação com São Paulo que todo o projeto nos proporcionou (é só descer a página aqui e conferir os últimos posts dessa semana :D).

Bom, agora sim, o documentário! Foi corrido e difícil, teve suas falhas e seus atrasos, e recentemente temos parado pra pensar bastante nisso. Em primeiro lugar, teve a saída da Manu. Não que pudéssemos ter feito qualquer coisa para mudar isso, sendo que o tema desse texto é justamente “o que faríamos de diferente”, mas foi um baque inicial que pode ter nos deixado um pouco atordoados. Ela, assim como cada um de nós, era – e continua sendo – peça chave do Musicando Entre Buzinas, ela com toda a sua criatividade, habilidade com design e artes, comprometimento com o grupo e muito mais. Logo, a mudança foi claramente uma perda em termos técnicos e também pensando na Manu como amiga querida.

Em segundo lugar, tivemos uma falta de comprometimento do grupo com prazos, como aprender a editar vídeos mais cedo, estabelecer contato com os entrevistados mais cedo, fazer pesquisas – mais do que as que fizemos, como ler alguns livros que havíamos selecionado e trabalhos de mestrado – e, no geral, obter mais material para a produção do mini-documentário. Isso, porque na reta final estávamos todos muito desgastados e ocupados com outras coisas, tendo em vista um terceiro bimestre sem folga de provas e outros trabalhos. Assim, o tempo que restou para a edição e a produção do roteiro foi muito curto, o que talvez tenha prejudicado o resultado final.

Pensamos e pensamos em mais coisas que possam ter atravancado o nosso trabalho, mas, tirando esses dois aspectos bem pontuais, não houve tais. No final, o documentário ficou com a nossa cara e com grande parte daquilo que idealizamos sobre o trabalho. Dá orgulho, agora, de dizer que o vídeo ficou bem Musicando Entre Buzinas, bem Dominique, Gustavo e Júlia, e ao mesmo tempo bem Móbile na Metrópole.

é tempo de primavera

pra ser bem sincera, eu estou mais nervosa, incomodada e indignada do que feliz.

(Autor desconhecido)

(Autor desconhecido)

tempo de primavera. tempo do florescer, do colorir, do Vivaldi, das flores rosas pisadas sob o chão de concreto, do horário de verão, da hora do rush, do momento de São Paulo. o broto em meu imaginário transformou-se em flores diante dos meus olhos, indo de inverno pra primavera em três dias.

ver tanta gente indo de semente pra árvore tão rápido é lindo e curioso – não vou negar, eu tenho mais curiosidade determinista do que compaixão por amigos.

foi tempo de susto também.

foi o tempo de, novamente, a realidade me dar 200 chibatadas. Eu já tinha me acostumado com o cotidiano dos meus colegas, que só se assemelha a minha por todos sermos adolescentes, estudarmos na mesma escola, e termos acesso à tecnologia.

Nada mais.

Não vou negar, me assusta muito conhecer pessoas que nunca andaram de transporte público na vida, sendo que eu usava diariamente desde os 11 anos(e isso é só UM aspecto. tem muito. MUITO. mais). Mas não vou me vangloriar nem me pôr em posição de mais cidadã do que os meus outros colegas, porque só durante o Estudo do Meio que eu e encantei com lugares e pessoas que eu já sabia da existência mas nunca tinha me dado o luxo de prestar atenção.

De qualquer maneira, São Paulo é uma cidade de singularidades e muitos, muitos paradoxos – e o Móbile na Metrópole(e também meu dois anos de Móbile) ajudou a deixar isso cada vez mais claro. Depois do projeto, eu me apaixonei por coisas que eu não teria dado um puto antes. Virei uma pessoa com mais sensibilidade perante o mundo invisível. Descobri mais diversidade cultural, artística e étnica: achava que isso não era possível, mas sim – e muito. Encontrei esconderijos perfeitos pra mim.

Tudo floresceu. Flores e frutos novos; imaginação renovada, concepções repensadas e minha cidade reinventada de um broto para algo.

o broto em meu imaginário transformou-se

em fascinação e incômodo.

fascinação pela vida da pessoa urbana, pelo ensaio de cores que se expressam no indivíudo, pela ruptura e continuidade da uma cidade de 461 anos que se renova a cada fim de tarde num terminal bandeira ou numa noite mal dormida.

incômodo com a cultura gratuita de poucos para poucos, a desvantagem sociocultural de muitos, da bolha social de poucos, que impedem de ver todos. de são paulo ser feita por todos, mas desenhada para poucos. é uma cidade colaborativa – até chegarmos na muralha geográfica e social invisível, barrada pelo transporte público, que pouco existe, pelo shopping que só tem estacionamento, e pelo próprio preconceito da parte de todos(sem exceções).

é tempo de primavera. tempo do florescer, do colorir, do Vivaldi, das flores rosas pisadas sob o chão de concreto, do horário de verão, da hora do rush, do momento de São Paulo – o momento de mudança de mim, por mim, para a cidade. talvez esse seja o momento de nós todos que participamos desse projeto: se renovar na cidade, de se impressionar com a cidade, de vivê-la até o último momento.

e que cada estação e cada impressão traga uma nova mudança para cidade.

Móbile na Metrópole e São Paulo, uma relação a princípio forte, mas muito desgastada pelo tempo.

Nossa, me sinto até mal de fazer um post meio triste logo em seguida do outro, julgar seu próprio caminho e ver que algumas coisas não foram como o esperado é bem deprê, mas ta na hora né?

Enfim, este post é mais para expressar uma visão minha sobre a minha própria relação com São Paulo e sua mudança conforme o desenrolar do projeto.

Meu, após (e durante) a “viagem” do estudo do meio pela própria São Paulo, eu amei essa cidade e a sensação de vivê-la 24h por dia algo sensacional, mas isso acabou uma semana depois que eu voltei pra minha casa e a vida voltou ao normal. A cidade voltou a me parecer aquela massa cinzenta, que não pode e nunca poderá ser colorida nem na realidade nem em minha própria cabeça.

É verdade que visitamos lugares espetaculares, mas parece que a energia positiva da cidade restringe-se a uns poucos e a alguns lugares somente e, apesar de ter muita vontade de transformar meu cotidiano e a cidade toda em uma coisa mais “Móbile na Metrópole”, as pressões escolares da própria Móbile e a faculdade se aproximando me obrigam a focar numa vida um tanto quanto menos dispersa, e a disposição para a dispersão é uma qualidade essencial para o estreitamento da relação com a cidade.

Dureza né? Isso por que a vida ainda nem está difícil de verdade. To ligado que ainda vai piorar bastante. Quem sabe algum dia eu consiga equilibrar as duas coisas direitinho. Até este dia, aguardo esperançoso, atravessando o fogo e as chamas.

Musiquinha que tem muito a ver com isso que disse agora, e que definitivamente não pode faltar num blog sobre música: DragonForce – Through the Fire and Flames.

Gustavo

São Paulo ainda menos dissimulada

Ocupação Mauá vista de dentro. Foto: acervo pessoal.

Ocupação Mauá vista de dentro. Foto: acervo pessoal.

São Paulo, cidade fugaz. Cidade 53.900.000 resultados no Google. Cidade de poucos e também muitos problemas – depende de quem a vê. E eu, pequena. Pequena, porém nada atordoada com o movimento veloz dos carros, o andar apressado das pessoas na rua, as placas indicando direita, esquerda, pode e não pode. Nasci nessa efervescência paulistana, e também nas universais virada do século, popularização da internet e do telefone celular. Não é exagero dizer que a SP do século XXI e eu vivemos em uma espécie de mutualismo, no qual, no entanto, recebo muito mais dela, do que ela de mim; estudo, observo, fotografo e vivo essa cidade, mas qual será a minha marca deixada? Sim, sou pequena nessa imensidão de cores, etnias, culturas, ideologias, mas isso não me faz desistir de explorar esse infinito.

Presume-se, portanto, que a minha contribuição com São Paulo é, justamente, tentar entendê-la. Daí, seguem-se problemas a serem desvendados, refúgios inesperados a serem descobertos, novos rostos e olhares, de museus a ruelas grafitadas. São Paulo passará a ser linda, com todas as suas falhas, e também passará a ser uma folha em branco, para qualquer um que se dê ao trabalho de levantar os olhos para além do próprio umbigo.

O Móbile na Metrópole sugeriu, dentre outras coisas, exatamente isto: tentar entender um pouco melhor a cidade em que vivemos, explorando seu (en)cantos. De fato, ajudou muitos alunos a saírem da bolha Moema, ou bolha casa-escola-casa, ou até bolha SeleçãoDeAlgunsLugaresQueVisitoSempreMasNadaAlémDeles. Foi essencial para mostrar muralhas sociais, usos do espaço público e até um transporte coletivo que – para a surpresa da maioria – não mata. E, falando pessoalmente, fico aliviada e agradecida ao pensar em como poderei apreciar mais a minha cidade, tendo adquirido todo esse aprendizado ainda na adolescência.

Por fim, posso dizer que, de fato, o mutualismo anteriormente citado não existia antes do estudo do meio – se existia, era limitado. Agora que abri os olhos para as coisas que a cidade pode me fornecer, o próximo passo é escrever e desenhar nessa folha em branco, fazer a diferença na grande metrópole, por mais pequenina que eu seja.

Muitas e muitas camadas da capital que ainda tenho que desvendar. Foto: escultura na Oficina Cultural Oswald de Andrade.

Muitas e muitas camadas da capital que ainda tenho que desvendar. Foto: escultura na Oficina Cultural Oswald de Andrade.

Um caminho longo… mas valeu :)

Pois é pessoal, com o projeto chegando ao final e com o documentário prontinho esperando para ser postado, chega a hora de refletir sobre todo o nosso trajeto e nossos aprendizados durante este projeto.

Em primeiro lugar, gostaria de deixar clara a minha satisfação e felicidade com a aproximação do fim do Móbile na Metrópole, foi legal e divertido, mas essa coisa de escrever post, editar vídeo e blá blá blá além de cansar muito, não é pra mim. No entanto, os aprendizados sobre as dificuldades dos músicos independentes em ganhar a vida aqui em São Paulo e outros conhecimentos e visões de mundo são aprendizados que eu com certeza levarei por um bom tempo.

Em segundo lugar, cumprindo uma das funções principais deste post, creio que o blog tenha registrado nosso processo de aprendizado apenas parcialmente, pois enquanto nossos posts pessoais expressaram muito sobre nossos sentimentos em relação ao nosso tema, posts obrigatórios impostos pela escola desviaram o foco do projeto e tiraram muito do gosto e prazer que eu sentia ao escrever este blog.

Enfim, acredito que seja isso mesmo, o projeto teve lados muito positivos e foi muito legal, mas depois de um longo tempo realizando-o, coisas como a queda da nossa frequência de postagem e etc. deixaram transparecer um cansaço eminente quanto ao Móbile na Metrópole e até mesmo quanto ao Musicando Entre Buzinas.

Para quebrar um pouco esse clima meio tenso de post pessimista, fiquem com essa musiquinha fofa do Silverchair

Gustavo

Os reflexos do prisma: do papel para o vídeo

Sonzera Records: um dos cenários do nosso documentário (Foto: Instagram)

Sonzera Records: um dos cenários do nosso documentário (Foto: Instagram)

Hoje foi dia de Enem. Se eu fui bem? Oras, eu gostaria de ter gabaritado aquela prova de Humanidades, que eu gosto, mas aparentemente muito me falta para chegar ao nível que eu quero.

Preciso sair do segundo ano para conseguir isso.

Ainda preciso transpor mais ainda o que eu aprendi na escola para algumas questões múltipla-escolha completamente enviesadas, sucintas, e que podem determinar o seu futuro (se você quiser, claro). Angústias à parte, pelo menos com o documentário, eu e o grupo tivemos a chance de fugir do molde das questões corretas e unilaterais e fomos para as questões abertas para interpretações como das provas de História.

Nesse tipo de questão sempre tem os dois lados. Dito isso, vamos por partes.

O documentário tem como assunto “São Paulo”, mas o seu tema e roteiro são livres em primeira instância. Bom, ótimo, bacana! – até um ponto. Realizar um trabalho em vídeo, e, especialmente um documentário é EXTREMAMENTE difícil. No começo, eu nem sabia o que estavam pedindo, nunca tinha feito um trabalho assim na minha vida. Mas aqui vai o brownie point: eu curti bastante fazer(na verdade, mais observar os colegas fazendo do que realmente fazer) e acho que esse instrumento é algo que eu terei – e gostarei – de usar nos próximos trabalhos por vir, seja na faculdade ou em outro lugar que seja conveniente, como a Iniciação Científica da escola, que eu vou fazer (yay!).

Por outro lado, gostaria de ter trabalhado muito mais na parte de edição de vídeo. Não participei porque não pude: o tempo era corrido pra todos e tava muito em cima da hora pra eu começar a aprender a editar e dar meu ataques de estética, que, apesar de serem bem intensos, são de ENORME ajuda em geral. Acho que se tivesse colocado um pouco de mim aí teria não só me ajudado mas também aprimorado o projeto final. Falha minha.

Outro ponto que eu gostaria de ressaltar se refere ao tema abordado no blog e no vídeo. De um modo ou de outro, tudo saiu nos conformes, mas gostaria de ter expandido mais. E é aí que entra a matéria de Física (se eu explicar errado, não me julgue, essa não é uma das minhas melhores matérias): a luz é o nosso blog, as nossas pesquisas e as nossas discussões, o prisma é o documentário e ele reflete a luz em várias cores bonitas. O blog foi muito, MUITO legal de manejar, e confesso que eu me sinto assim porque a) eu AMO blogs e adoro escrever posts; b) a nossa produção na hora da viagem, das pesquisas e tudo o mais foram incríveis, modéstia à parte. E, talvez por birra e/ou perfeccionismo, mas algumas coisas que discutimos aqui não foram contempladas. Abordar tudo o que a gente quis num documentário e explorá-lo artisticamente em !DEZ! minutos foi impossível, basicamente. Muitos sub-temas – inclusive os que eu pesquisei – foram abordadas no documentário de uma maneira muito interessante (e talvez melhores do que os que nós fizemos), mas outros simplesmente passaram batido. O que a gente prometeu no argumento foi feito em 80%, eu diria. Por quê? Bom, isso é discutível, mas todos nós tínhamos muito o que fazer e fomos simplesmente levando (interprete como quiser).

Droga… Do jeito que eu escrevo parece até que eu odiei fazer o documentário. Isso é mentira. Eu aprendi bastante com métodos de trabalho novo – métodos novos de projetar a sua luz -, comecei a gostar do molde do docmentário (sim, documentários não faziam parte do meu repertório cultural), mas ao mesmo tempo me senti meio alheia ao processo de edição, provavelmente por ser muito medrosa e descompromissada (tinha-se um prazo a seguir, ninguém é obrigado a me ensinar nada faltando menos de uma semana para entregar). E faltou algumas coisas do tema do documentário que estavam muito presentes no blog sim, da minha parte também – o resultado foi um prisma não tão perfeito. Mas é como dizem… a gente aprende com os erros, mesmo que o nosso vídeo tenha sido ótimo. Não vai ter próxima vez no MNM, mas vai ter próximos vídeos e documentários por aí, espero eu.

Bom Enem a quem faz e pode rir quem não precisa fazer.

Dominique

Achados que ficaram comigo dessas andanças

Luzinhas da quarta-feira à noite. Não me culpe pela má qualidade da imagem, fazia 16 graus e meus dedinhos tremiam.

Luzinhas da quarta-feira à noite. Não me culpe pela má qualidade da imagem, fazia 16 graus e meus dedinhos tremiam.

Quarta-feira à noite, Vila Madalena, SP, frio de dezesseis graus. O waze nos leva pra uma ruela esquisita, sem muito movimento, só uma luz amarela fraca e tremelenta, lá no fundo, o que, cá entre nós, não torna o lugar muito convidativo. Umas três voltas no quarteirão – só pra garantir que era aquela a rua certa – depois, aparece um casal bem desses hipsters, e revela o oásis que procurávamos, o oásis em uma São Paulo gelada de final de agosto. Assim que passamos pela pesada porta de ferro, antes despercebível naquela rua tétrica, a noite vira pelo avesso, enche-se de luz e cor, e posso até dizer que de calor. O público, enquanto aguarda o início da performance, conversa com antigos e novos conhecidos, em um borbulhar de energia, conhecimento e vontade de estar ali, e em nenhum outro lugar, para apreciar o fim daquilo que havia sido um longo dia de trabalho. Casa do Mancha, agosto de 2015, show do Maurício Pereira.

Posso estar romantizando o momento um pouco, mas foi ali que me senti, pela primeira vez, parte do Móbile na Metrópole. Isso mesmo, ocorreu muito depois das discussões com os colegas de grupo, dos trabalhos em sala de aula, dos posts formais que só retratam uma parcela mínima do trabalhão que é esse projeto. Me senti parte dele porque finalmente senti na pele aquilo que os professores tanto haviam comentado – tudo sobre “conhecer a cidade e as pessoas que nela estão”, etc. Aconteceu o mesmo quando me vi na frente de um entrevistado, sem ninguém em quem confiar, já que era a única do Musicando no show do Sofar Sounds. Eu, que nem tenho coragem de falar no telefone com alguém que não seja minha mãe, consegui conversar com um completo estranho (até então)! São nessas e em outras coisas que, pelo menos para mim, reside o propósito do MNM, apesar de, é claro, envolver ferramentas mais formais como este blog, as avaliações e inclusive o documentário.

O que estou tentando dizer é que, apesar de valorizar muito os trabalhos finais que obtivemos, o meu aprendizado se deu nesses pequenos obstáculos que o projeto nos colocou. Me levou até a Vila Madalena e Pinheiros praticamente sozinha, a um bar em Visconde de Mauá que ninguém esperava, e isso só geograficamente. Dentro de mim, proporcionou momentos de suma felicidade durante esses mais variados trajetos, como indo de bicicleta até a Vila, olhando a cidade e refletindo acerca do meu papel naquilo tudo. Ou no show do Maurício, onde entrei em contato com pessoas incríveis de cabeça e coração abertos.

O projeto se estendeu para muito além disso tudo que postamos no blog, dos dez minutos de documentário, da nossa nota final atribuída pelos professores. O MNM foi comigo, por exemplo, pro meu intercâmbio das férias de julho, me fez olhar pros lugares e pras pessoas de forma diferente, porque eu sabia que um dos aprendizados propostos era justamente quebrar todas essas barreiras que nos limitam no dia a dia. Foi um tempo de me permitir conhecer sujeitos, ideias, hábitos diferentes, e saber que por trás de tudo isso tinha uma história.

Sim, o Móbile na Metrópole deixou esse e vários outros blogs muito interessantes, mas nenhum se compara ao que cada aluno viu com outros olhos, parou um minuto a mais para pensar. É esse, talvez, o diferencial do projeto, esse permanecer, ser e mudar em cada um de nós, alunos.

Achados de andanças na Vila Madalena. Faz sentido pra mim, pra você talvez não, e essa é uma barreira que a Internet não nos permite ultrapassar.

Achados de andanças na Vila Madalena. Faz sentido pra mim, pra você talvez não, e essa é uma barreira que a Internet não nos permite ultrapassar.

Primeiramente, desculpa!

Pois é, antes de tudo, desculpem o tempo que fiquei afastado, estava ocupado com uma série de coisas e acredito que a hora de escrever no blog não seja a hora ideal para pensar no estresse do dia a dia. Portanto, como de costume:

Olá pessoal, aqui é o Gustavo, tudo bom com vocês?

Queria falar aqui de uma recente aquisição minha pela qual estou completamente apaixonado: um Ukulele. Para quem não sabe o que é um desses, é uma espécie de cavaquinho só que menor, mais leve, e com cordas de náilon, que dão pro instrumento um som acústico muito legal, além de um toque meio praiano que me deixa bem feliz ao escutar. Não é à toa que o ukulele original vem do Havaí, não?

No entanto, dentre todas as características dessa coisinha, a que me deixa mais contente é o fato de que é possível tocar qualquer música com ele, qualquer uma mesmo! Apesar de que com um tom diferente. De qualquer jeito, queria sugerir que qualquer um que esteja lendo isso e tenha vontade de aprender a tocar alguma coisa, pesquise sobre o ukulele. Sinceramente, é um instrumento barato, fácil de aprender, de tocar e de carregar para qualquer lugar!

Também queria aproveitar esse post para indicar o blog de uma amiga, da qual eu já falei aqui (a Valentina), pois eu comentei lá dando algumas dicas para que ela possa continuar o excelente trabalho que tem feito!

Para ver o blog e o comentário, clique aqui!

Ah sim, fiquem também com este vídeo da música “Dream a Little Dream” do Eddie Vedder, que apesar de ser mais conhecido pelo seu trabalho no Pearl Jam, também obteve grande sucesso com o seu ukulele e seu bandolim.

Gustavo

Tijolinho por tijolinho, é assim que um trabalho em grupo se fortalece

Oi pessoal, como vai?

A fim de construir um ambiente de maior contribuição e solidariedade, todos os grupos do projeto Móbile na Metrópole estão comentando os blogs uns dos outros. Sendo que função dessa interação entre os diferentes blogs é não só reforçar os aspectos positivos uns dos outros, mas também apontar pequenos equívocos, dei umas dicas para uns colegas do grupo 4, do 2oA. Não só elogiei muitos recursos usados por Rafal, Ana Paula e Fábio, como também sugeri uma colocação mais explícita do tema no blog deles, o que é um detalhe, mas acredito que pode potencializar o site deles.

O comentário foi feito neste link aqui: https://mnm152ag4.wordpress.com/2015/09/05/crise-da-imigracao/ e, para relembrar o costume de posts atrás, segue uma indicação musical pra vocês 😀